Já tenho quatro postagens no blog e ainda não falei de Kiss, a minha banda favorita de todos os tempos? É hora de corrigir essa injustiça!

Assim como ocorre na vida de muitas pessoas, ouço Kiss desde bem pequena, influenciada por um dos meus irmãos que os adorava. Lembro de ficar brincando com as capas do Kiss, enquanto meu irmão ouvia as músicas. Na época, a minha favorita era a capa de Hotter than Hell por ser a mais colorida!

Acho que, por ser criança, desenvolvi primeiro essa relação visual com o Kiss para depois conhecer e entender a música. E que música! Na minha opinião, todas as fases e músicos que passaram pelo Kiss são importantes. Além de Paul Stanley e Gene Simmons, hoje lá estão Eric Singer e Tommy Thayer, mas não posso esquecer Peter Criss e Ace Frehley (baterista e guitarrista originais), Eric Carr e Bruce Kulick que estiveram presentes em algumas das minhas gravações favoritas, Vinnie Vincent e Mark St. John.

No entanto, a alma e o coração da banda é Paul Stanley, que vive e respira Kiss. Ele lançou pouca coisa fora da banda até hoje. E Gene Simmons é o cérebro dos negócios. Mestre Gene tem uma língua enorme (literalmente), que às vezes não cabe dentro da boca (literalmente de novo), mas ele é GENE SIMMONS e pode falar o que quiser.

Infelizmente, perdi o primeiro show do Kiss no Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã em 1983, onde a banda talvez tenha tocado para o maior público de sua carreira: cerca de 200.000 pessoas. É amigos, naquela época não havia toda essa preocupação com segurança que existe hoje. Tenho o ingresso do meu irmão até hoje, que guardo como uma relíquia.

Eles estiveram no Brasil novamente em 1999, para a turnê Psycho Circus, mas só consegui realizar o sonho de ver minha banda favorita em 2009 na turnê Alive 35.

Mas aí a minha sorte mudou. Após sofrer o show inteiro debaixo de chuva e ficar sem ouvir Love Gun por causa da chuva (era impossível fazer a tirolesa e também devido às dificuldades vocais do Paul Stanley – lembrando que ele já não é mais um garoto, passou os últimos 35 anos berrando e pulando em cima de um salto plataforma e que o som da Praça da Apoteose nunca foi dos melhores), eu estava com viagem de férias marcada para Nova York quando descobri que o Kiss ia tocar no Madison Square Garden no meu segundo dia de viagem: 10 de outubro!

Fiquei extremamente feliz com a possibilidade de vê-los tocando “em casa” e fui procurar ingressos. Só que aí começou o desespero: ingressos esgotados! Eu não podia acreditar que estaria na mesma cidade que o Kiss e não ia conseguir vê-los tocando! Era inaceitável!!!! Quando teria outra oportunidade dessas?

Resolvi não desistir e pedi ajuda de amigos dos EUA que me mostraram o maravilhoso mundo dos “vendedores”on-line, vamos chamá-los assim... eu estava de volta ao jogo! Com um pouco de pesquisa na Internet, consegui encontrar um vendedor que ainda por cima enviava os ingressos por Fedex para o mundo todo! Como estávamos em maio e eu só viajaria em outubro, resolvi arriscar.

Recebi os ingressos rapidamente na minha casa conforme o prometido, mas uma amiga que me acompanhou na aventura duvidou da autenticidade deles até o momento em que entramos no MSG sem problemas! Rsrsrsrsrsrs

Felizmente, deu tudo certo e consegui realizar o sonho de ver a banda “mais quente”do mundo ao vivo, tocando em casa e me arrisco a dizer: com a mesma animação de 30 anos atrás. Vale ressaltar também que não observei nenhum problema na voz do Paul Stanley nesse dia. Mas também, como disse um conhecido outro dia: Paul Stanley calado é melhor do que muitos vocalistas que andam por aí.

Obs: As fotos deste texto tirei no MSG nesse dia. Infelizmente, não estava num lugar muito próximo e não tinha ainda uma boa câmera que me permitisse obter boas imagens. De qualquer forma, essas fotos valem como uma pequena lembrança do momento.