Papo rápido com Bryan Fontez, vocalista da banda Last Bullet
Hoje eu quero falar sobre uma nova banda chamada Last Bullet. Nos últimos anos, poucas bandas atraíram minha atenção como o Last Bullet. Em geral, eu prefiro ouvir músicas "velhas" e bandas "velhas" ou músicas novas de bandas "velhas", mas o Last Bullet está me ajudando a mudar isso.
Formada em Toronto, no Canadá, em 2009, por Brenden Anthony (guitarra solo), Michael Silva (guitarra base), Leo D (bateria), Will Shannon (baixo) e Bryan Fontez (vocal), o Last Bullet foi influenciado por várias "bandas grandes", como Guns 'n' Roses, AC/DC, Led Zeppelin, Motley Crue, Soundgarden, Metallica, Bon Jovi etc. No entanto, eles se definem como "o extremo oposto de cada atributo singular que faz do Rock'n'Roll o que ele é".
E você concordará com isso se ouvir o primeiro álbum de estúdio deles, chamado Last Bullet EP, disponível para download e compra em http://www.lastbulletmusic.com/. Você perceberá que o Rock'n'Roll está vivo e bem, mas agora com a inclusão da lufada de ar fresco que o Last Bullet tem a oferecer.
Vamos saber um pouco mais sobre a banda com o vocalista Bryan Fontes.
PDRR: Como e quando a banda começou? Conte-me um pouco mais da história de vocês. Como você encontrou os outros membros da banda?
Bryan: No outono de 2009 a banda já estava formada (instrumentalmente) há cerca de um ano, Brendan, Mike e Leo estavam tocando e escrevendo algumas músicas. Eles colocaram um anúncio na Internet procurando um baixista, Will Shannon fez um teste e conseguiu o emprego na primeira tentativa. Em seguida, veio a longa e difícil busca por um vocalista. Os caras vinham testando cantores há 9 meses, mais ou menos, sem sorte. Eu estava tocando bateria para um Grupo Tributo ao Black Sabbath na época. Mas eu estava ficando cansado de tocar a mesma música o tempo todo e sentia uma vontade enorme de viver a música como uma carreira e sempre quis ser vocalista de uma banda. Quando estava ensaiando com o a banda cover do Sabbath eu vi um folheto chamado "Last Bullet procura vocalista" e decidi anotar o telefone. Eu liguei, marquei um teste, fui lá e cantei minha própria letra e melodia para a música "Can't Move On" e as coisas aconteceram.
PDRR: Quem escreveu as músicas/letras do primeiro EP do Last Bullet EP?
Bryan: Nós escrevemos a música coletivamente a maior parte do tempo. Mas a maioria das músicas no primeiro EP foi escrita antes da minha entrada na banda. Eu escrevi a letra de "Can't Move On", mas as outras letras foram escritas por Michael Silva, eu apenas coloquei meu próprio estilo nelas e dei meu toque pessoal à melodia para terminar tudo.
Quando eu entrei na banda, levou um tempinho para ajustar, editar e refinar tudo até eu encaixar meu vocal de uma forma confortável em cada música e deixá-las prontas para tocar ao vivo e gravar em estúdio.
PDRR: Vocês têm mais músicas prontas para gravar?
Bryan: Nós temos cerca de 26 músicas que escrevemos desde que nos juntamos. Muitas delas estão finalizadas e algumas serão terminadas assim que tivermos tempo.
Mas em relação à gravação, recentemente escrevemos algumas das melhores músicas que já fizemos e, definitivamente, temos 5-6 músicas novas que estão prontas para gravação. Duas delas estamos tocando ao vivo em nossos shows e elas têm sido recebidas EXTREMAMENTE bem. As outras 3-4 você só ouvirá quando lançarmos o álbum. Mas acredite em mim quando eu digo que a espera valerá a pena.
PDRR: De onde vocês tiram sua inspiração para criar?
Bryan: Nós encontramos inspiração em tudo... Relacionamentos, férias, amigos, natureza, festas, tempos bons, tempos ruins, estresse, felicidade. Uma grande inspiração para mim é observar outras bandas. Quando eu ouço uma música realmente boa ou vejo um show bom de verdade, fico inspirado a ir para casa imediatamente e escrever minha própria música que é tão boa quanto ou até melhor do que acabei de ver. Quando começamos a escrever, geralmente iniciávamos com a parte ou o riff de guitarra e desenvolvíamos a partir daí, mas não seguimos mais nenhum conjunto de regras específicas, porque quando se trata de escrever música realmente não há regras.
Agora, às vezes começamos com o vocal, a bateria ou até o baixo, até começarmos a ouvir a vibração da música e depois desenvolvemos a ideia com os outros instrumentos até termos uma música completa com 4-5 partes.
PDRR: Na biografia do Last Bullet vocês dizem que é possível observar muitas influências, mas que, ao mesmo tempo, vocês têm suas próprias características. Eu estava ouvindo seu EP e tenho que concordar. Eu diria que é como um novo tempero para o bom e velho Rock'n'roll. Você pode falar um pouco mais sobre o estilo de vocês?
Bryan: Definitivamente, temos muitas influências em nossa música e elas são bem óbvias... Gun's N' Roses, Motley Crue, AC/DC, Aerosmith, Led Zeppelin etc. Mas como tudo já foi feito antes, nós nos esforçamos ao máximo para dar um toque de frescor, novidade e mais modernismo. Nosso objetivo é sempre escrever e tocar o REAL Rock'n'Roll, mas mantê-lo ousado, louco, novo, cativante e moderno o suficiente para interessar todos que estiverem dispostos a ouvir. Adoramos o som daquele Rock'n'Roll clássico, mas não queremos refazer tudo o que já foi feito. Então colocamos nosso toque ou tempero nisso. Aí relaxamos e esperamos que isso seja algo que todo mundo vai curtir.
PDRR: Em que sentido você acha que o cenário musical está diferente para uma banda nova hoje em dia? Eu quero dizer em termos de conseguir um contrato de gravação, promover sua música pela Internet etc. Como você vê isso?
Bryan: Muitas pessoas me disseram que é muito mais difícil ser bem-sucedido agora do que era há 20 ou mesmo 10 anos. Mas eu não posso realmente comparar porque só posso avaliar de acordo com minhas próprias experiências. E, no momento, é interessante porque há muito mais ferramentas para usar e é muito mais fácil mostrar sua música e seu nome para todo o mundo por causa da Internet. No entanto, isso também é uma coisa ruim, pois há muitas bandas boas por aí fazendo exatamente a mesma coisa que você. Há muita concorrência na Internet.
Dito isso, quanto mais avançamos com essa banda e perseguimos a música como uma carreira, mais percebemos que talento e habilidade apenas não serão suficientes para tornar alguém bem-sucedido. As bandas de maior sucesso de hoje são aquelas que batalharam mais. Saia, faça contatos/amigos, crie sua rede, pesquise, promova, anuncie... Não é possível ser apenas uma "banda" mais. O tempo em que se podia apenas tocar música e alcançar o sucesso acabou. Agora é preciso administrar sua banda como uma empresa. Você precisa ter uma estratégia e ser inteligente, profissional, eficiente e lucrativo para impressionar todo mundo e para ser realmente bem-sucedido. Ninguém vai te dar nada de mão beijada atualmente, você tem que correr atrás e FAZER as coisas acontecerem.
PDRR: Quais são seus planos para este ano? Disco novo? Shows?
Bryan: Bom, no momento, estamos no meio de uma pequena turnê que chamamos "Toronto Takeover" (Conquista de Toronto). Faremos shows em vários lugares em Toronto nos próximos meses, com o objetivo de garantir que todo mundo na cidade saiba quem somos até o fim de março. Acabamos de abrir o show do lendário deus da guitarra e ex-guitarrista do "Scorpions" Uli Jon Roth. Também abriremos para o "Faster Pussycat" no dia 12 de março aqui em Toronto, o que deverá ser alucinante!
Em seguida estamos planejando gravar nosso próximo EP em abril e lançá-lo no verão. Também estamos nos primeiros estágios do planejamento de uma turnê de 1-2 meses aqui no Canadá mais para adiante esse ano, para que possamos divulgar nossa música fora de Toronto e mostrar nosso novo EP para o maior número de pessoas possível.
PDRR: E quais são seus planos e expectativas para o futuro próximo?
Bryan: Nossas expectativas são crescer e melhorar a cada ano. A cada ano conseguimos mais do que no anterior, fizemos shows maiores, conseguimos oportunidades melhores, fizemos mais contatos, conhecemos mais pessoas importantes. E o melhor disso tudo é que estamos acelerando e não diminuindo nosso ritmo. Todos temos uma boa intuição de que o sucesso está bem perto se continuarmos nos esforçando e trabalhando duro como agora ou se nos esforçarmos ainda mais.
Não vejo motivo para não estarmos em turnê pelo mundo com uma grande banda em algum momento no próximo ano. Nossa vez está chegando. E se você se recusa a fracassar... O sucesso é inevitável.